COLUNA DA INFÂMIA
- Um evento para a memória
Um grito escultural
No dia 4 de junho de 1997 se ergueu uma Coluna da Infâmia
en Hong Kong. Este evento artístico deu início a uma série de acontecimentos
artísticos que vão se espalhar por toda Terra nos próximos 10 anos.
Uma Coluna da Infâmia será erguida uma vez por ano para denunciar
violações contra os Direitos Humanos, onde estas tenham ocorrido.
A Coluna da Infâmia é uma escultura original de oito metros de altura, esculpida com
cinqüenta corpos retorcidos pelo sofrimento. A Coluna da Infâmia representa uma grande
soma de dinheiro: o único que realmente se respeita no mundo inteiro. Monumentos deste
tipo são normalmente erigidos para se recordar "ações heróicas".
Mas esta escultura para se manter na memória o desacato dignidade e vida
humanas, que
nunca deve ser repetido. A Coluna da Infâmia é um tipo de Prêmio Nobel dos
Massacres.
Lembrando a história
Nossa memória se torna cada vez mais curta porque nossas mentes são entupidas com a
carga excessiva de informação promovida pela média. O fedor dos cadáveres desaparece
da nossa alma assim que as cenas somem da tela do televisor. Aqui entra en função a
Coluna da Infâmia, pois ela nos faz recordar as violações contra o ser humano e manter
na memória a imagem das vítimas. A Coluna da Infâmia se torna então um
"lembrador" da História.
O valor simbólico da escultura obtém sua força conforme a reação das
autoridades. Ela
pode ser destruída, censurada e escondida ou simplesmente exposta. O valor simbólico
também se reenforça dado o fato de que a escultura entra em um contexto global de
esculturas similares.
Debutou em Hong Kong
A primeira Coluna da Infâmia foi apresentada para o público mundial em novembro de 1996.
Este evento ocorreu no foro da ONG. sob os auspícios da cume da F.A.O. em Roma. Ela se
transformou em símbolo da conferência.
No dia 4 de junho de 1997 a Coluna foi exposta no Parque da Vitória em Hong Kong como uma
manifestação para lembrar o oitavo aniversário do massacre na Praça Tiananmen em
Pequim em 1989.
A escultura se tornou o ponto central da manifestação reunindo 55.000 com velas acesas
para recordar o massacre. A cerimônia foi organizada pelo Movimento
Democrático. Durante
todo o dia vieram milhares de pessoas para botar flores no Parque reivindicando respeito
aos direitos humanos.
É quase impossível imaginar uma estréia mais significativa para um happening
artístico.
Os estudantes de Hong Kong tomaram a Coluna para si. Até junho de 1998 a Coluna foi
exibida rotativamente nas sete universidades de Hong Kong, e no dia 4 de junho regressou
ao
Parque Vitória para de novo ser o símbolo central da cerimônia em memória do massacre
na
Praça Tiananmen.
O fato da escultura ser exposta justamente no período da reunificação da China, é para
desafiar os velhos e os novos detentores do poder. Para provocá-los a fim de verificar se
eles
realmente pensam em respeitar os direitos humanos e a liberdade de expressão em Hong
Kong.
A próxima vez
Será sem dúvida em México, atual por causa do terrível massacre no dia 22 de dezembro
de
1997, no massacre no povoado de Acteal, onde 45 foram assassinadas a sangue frio.
Depois de México a coluna será erguida no Brasil em memória dos trabalhadores sem terra
igualmente assassinado em um massacre.
Rede de voluntários
O happening só pode ser realizado com a ajuda de voluntários. A colaboração dos
voluntários demonstra nossa responsabilidade coletiva pelo desenvolvimento social e
ecológico do Planeta. Essa responsabilidade não pode ser deixada somente para os
políticos, expertos, artistas, etc.
Como nosso projeto sofre por deficiências financeiras, aceitamos com gratidão
subvenções econômicas. Entre outras construímos modelos originais da Coluna em
miniatura para venda; isso para financiar o projeto. De acordo com o esquema
abaixo,
existem muitas maneiras diferentes de apoiar o projeto. Preencha-o e envie-o para o
endereço indicado na última
página. Utilize uma página a parte caso você queira contar um pouco mais sobre você
mesma e sobre sua possibilidade de ajudar.
O iniciador do happening
Jens Galschiot nasceu em 1954. Ja expôs na
Dinamarca, Groenlândia, Alemanha, Inglaterra, França, Itália e Espanha. Nos últimos anos ele vem
se interessando muito pelo "happening" como uma forma de expressão
artística.
O teatro da Realidade
Os happenings funcionam como uma peça de teatro de ampla dimensão. Não se realizam em
uma sala de teatro, mas no espaço aberto da realidade. As esculturas de Gaschiot surgem
de repente no cenário de uma rua e o espetáculo começa a se desenrolar.
Políticos,
média e o público são envolvidos convertendo-se em atores. Eles assumem seus
respectivos papéis com
grande facilidade, sendo o simbolismo do happening aberto para interpretações. Mas
independentemente do que fazem, eles colaboram para a dinâmica do happening criando novos
símbolos.
As mensagens de Galschiot não transpassam os limites no
sentido artístico tradicional. De uma certa forma elas são "conservadoras",
pois estão comprometidas com a defesa do fundamento ético da nossa sociedade
independente de interesses políticos, religiosos e econômicos.
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